Ontem, decidi que viria a Medellín. Acordei e fui logo procurar informaçoes sobre passagens e hostel. Encontrei os dois e fui pedir para fechar minha conta no SUE. Tirei dinheiro e paguei o hostel.

Depois fiquei esperando pela hora do bus (que sairia a noite). Prefiri assim, pois economizaria um dia de hostel, e ganharia um dia a mais aqui em Medellìn. Sao 9 horas de viagem, pela empresa Bolivariano, ao custo de 55.000 pesos. Tinha mais barato, pela Rapido Tolima (35.000 pesos), porém me disseram pra ir pela Bolivariano. E realmente, o onibus é ótimo, bastante confortavel (a estrada é que nao é tanto, muitas curvas, subidas e descidas).

Saí às 21:15 de Bogotá e cheguei aqui em Medellín às 7:30 da manha. Vim direto para o hostel (informaçoes sobre o hostel no final). Dai tomei um banho, tomei o desayuno e fui ao estádio para tentar comprar o ingresso para o jogo! E por talvez mais uma coincidência, o estádio é aqui pertinho (15min a pé). Dai depois de me enrolar muito perguntando onde era a bilheteria, encontrei um pessoal que faz a segurança no estádio e TODOS, foram MUITO prestativos. Me acompanhavam até onde podiam, e ai chamavam outro por radio, para que me acompanhasse até outro ponto, e chamavam outro e assim por diante até a bilheteria. Comprei o ingresso! Arquibancada popular ao preço de 20.000 pesos.


Primeiras impressoes de Medellín:

1 - É MUITO quente, em comparaçao a Bogotá.
2 - Parece ser muito bonita, e agradável.
3 - Nao entendo nada que as pessoas falam (falam muito mais rápido e com muitas gírias)

Informaçoes sobre o hostel:

Palm Tree Hostal
Carrera 67 No. 48D - 63 (Barrio Suramericana - Medellín)

Internet wi-fi, grátis
Cozinha
Banheiros com chuveiro quente
TV a cabo (DVD)
Aluguel de bike
Desayuno (2 ovos e 2 paes)
Lavanderia (8.000 pesos / o que couber na maquina de lavar)
Telefones (celular, nacional e internacional)

Impressoes do hostel:

1 - Muito limpo e organizado.
2 - Muito certinho, certinho.

Hoje, combinei de em encontrar com o Enrique, e irmos a uma cidadezinha aqui perto. Se chama Chia (http://es.encarta.msn.com/encnet/refpages/search.aspx?q=Ch%c3%ada). Dai ele chamou uma amiga também e fomos os 3 para lá. Porém..quando descemos do onibus, a chuva veio junto. Só deu tempo de corrermos para um restaurante, e por lá mesmo ficar, pois nao parou de chover.

Dai almoçamos (mamona (um tipo de carne assada), arepas, chorizo (que é um tipo de linguiça assada) e para beber refajo (refrigerante com cerveja).

E ficamos lá...ficamos mais um pouco, e fomos ficando e a chuva nao parava, nem parou. Por fim, nos conformamos com isso e fomos pegar o onibus (na chuva) para voltar a Bogotá.

Hoje de manha, acordei decido a viajar. Estou indo para Medellín amanha, e na quarta tem jogo do Sao Paulo, pela Libertadores e eu vou!

Ontem andei bastante aqui pelo centro, e terminei chegando ao Parque (que to com dúvida no nome, mas acho que é o Simón Bolívar). Muito bonito, como ontem tava fazendo um pouco de sol e era um feriado, entao tinha bastante gente por lá, deitadas na grama, conversando e tal.

Depois andei mais um pouco e fui no Museo Nacional, mas nao entrei pois tinha que pagar e eu tava com preguiça de tirar dinheiro. Dai comecei a voltar e no caminho encontrei a Torre Colpatria, que é o prédio mais alto daqui (com 176mts). Dai estava aberto para visitaçao (3.000 pesos). É muito alto, e bastante legal, vale a pena.

Depois voltei para o centro e fiquei um tempo sentado observando as pessoas na rua, e... pimba! Encontrei os mano do rap!

Entao voltei pra casa. Dai fiquei um tempo vendo tv, e depois fui para o quintal, onde estavam os "albergados" (haha) conversando e bebendo. Tinha gente de todo lugar: França, Alemanha, Espanha, Inglaterra, Irlanda. Foi bem legal, descobri que corno é igual em todo lugar (tinha um dos alemaes, que tinha vindo aqui por conta de uma noiva que arrumou aqui. Resultado, ela passou 5 semanas enrolando ele, e antes de ontem contou que tinha outro). E o outro quis jogar futebol comigo, pois diz ele, que era profissional lá nas alemanha. Piada.

E hoje foi o dia do banzo completo. Acordei tarde, e nao fiz nada. Nem pra almoçar tive coragem. Fui no supermercado e comprei uns trecos pra fazer aqui na cozinha. Dai fiquei de tarde cochilano e vendo tv.

Esse è um vìdeo no topo de Monserrate. Muito alto, muito frio e muito bonito. De cima, se tem uma visao de toda a cidade.

Hoje amanhaceu chovendo (mais uma vez) e nao sei o que vou fazer. Hoje ta tudo fechado, e nao acho que tenha muito o que fazer, fora olhar as pessoas na Plaza de Bolivar. Nao que seja ruim, gosto de sentar la e ficar observando as pessoas, e hoje em especial, pois tem um numero muito maior de pessoas, devido a semana santa. Se a chuva deixar eu vou.

Objeto nao identificado (Chamo de Lhachorro - Lhama + Cachorro)

Aqui em Bogotà, no perìodo da semana santa, essa regiao onde estou fica lotada, pois aqui perto fica a Plaza Bolivar, e na frente uma igreja, dai na praca fica uma grande concentracao de pessoas, de barracas, lhamas, de tudo.

Depois fui para Monserrate com Carlos. Muito bonito la, muito mesmo. E muito alto tambem. Sao 3.152 metros de altura, è muito alto. Sobe-se de um tipo de telefèrico, que custa 7.000 pesos. Muito legal! Voce pensa que vai cair, pois balanca um pouco. Quando vai subindo, voce vai percebendo a altura e seu ouvido comeca a ficar tampado, muito engracado. Quando chega la em cima, tem que subir umas escadas e ai voce percebe que nao consegue subir normalmente. Cheguei la em cima esgotado. Mas depois de me recuperar, a visao compensa:

Hoje encontrei o paraìso dos capirotos! E em 3 andares, com direito a todos os berimbelos capirotais! E parece ser bem barato. Amanha vou la dar uma olhada melhor, pois quando fui ja tava quase fechando.

Aqui no hostel chegou mais um pc e uma tv nova LCD de 42". Estao todos vendo filme na tv nova e ninguem quer mais saber dos computadores. Mas como os computadores sao na mesma sala da tv, aproveito para fazer os dois, haha.

Hoje ta muito frio, choveu quase o dia todo, veio parar agora no comeco da noite.

Ontem, quando eu tav escrevendo esse ultimo post, chegaram duas pessoas pra ficar no quarto onde eu estava (os dois canadenses foram embora, e eu pensei que ia ficar com o quarto so pra mim). Dai terminei de escrever aqui, e fui pro quarto. Dai quando perguntei de onde eram..bingo! Do Brasil! Mas (e sempre tem um mas), elas moravam em Nova iorque e nao falam portugues muito bem. Mas de toda forma foi bom, pois pude conversar com alguem aqui haha. Sao irmas.

Hoje amanheceu chovendo, dai esperei parar pra poder sair, mas nao deu muito tempo que eue stava na rua e comecou a chover de novo, e assim continua ate agora. Terminei voltando aqui pro albergue, pois nao tem muito o que fazer na rua com essa chuva. Passei ainda num museu e tirei algumas fotos que posto depois. Acho que nao vai parar de chover nem tao cedo, mas aqui nunca se sabe. Uma hora ta fazendo sol e um minuto depois ta caindo uma chuva torrencial.

O transito aqui è um caos, mas todos acham super normal. Tirando o Transmilenio (que è um sistema de transporte similar ao que tem em Coritiba, com onibus bi-articulados), todo o resto è caòtico. Os onibus nao tem um lugar certo onde parar, aonde voce estiver, se acenar eles param. Para descer è igual. Aperta um botao e eles param instantaneamente, no meio da rua, em qualquer lugar em que estejam, voce è que deve se virar para descer. Os tàxis, sao bastante baratos, mas tambèm nao tem regras, avancam o sinal vermelho, param em qualquer lugar, nao dao setas. Mas no final, no meio de uma buzinada aqui e outra ali, todos se entendem.

Hoje almocei na casa do Carlos, e deixei la as coisas que eu tinha comprado ontem na feira.

Depois viemos para o centro e surpresa, encontrei Lhamas!

Depois fomos para um lugar, onde sò vende coisas eletronicas. Chama-se UNILAGO e do lado tem outro predio tambem, mas nao sei o nome. Sao 3 andares, sò com coisas eletronicas, muito bacana. Dai fiquei tentado a comprar uma camera ou um daqueles mini-notebooks. Dai estou pensando em nao viajar mais, para poder guardar dinheiro para isso. Decisao dificil.

Ta ai uma foto do quarto no hostel.

Bogotá, 2.600 metros más cerca de las estrellas

05-04-09

Ontem, acordei na casa do Carlos e tomei o desayuno la. A mae dele que preparou "con mucho gusto". Isso por sinal è um lema aqui. Sempre que voce agradece algo eles dizem isso.

Depois fomos para o centro, pois tinha um passeio que è organizado pelo governo, para os turistas. Mas depois dos primeiros 15 minutos, saimos dele, pois era muito chato.

Dai fomos em uma lanchonete pois alguns queriam tomar o desayuno. E o que tinha là? A lendaria CRUSH LARANJA!

Depois fomos no hostel onde estavam os mexicanos, para pega-los e irmos a uma feira de antiguidades que sò tem aos domingos. Tinha muita coisa velha, muita coisa sem nocao mesmo (tipo, conchinhas oO) tudo a venda. Comprei algumas coisas e encontrei umas brasileiras la. Estavam vendendo artesanato e tal.

Resolvi ficar neste hostel, pois fiquei meio envergonhado de ficar na casa do Enrique sem ele estar là, e sem contar que o que tinhamos combinado è que eu ficaria la apenas durante o evento. Dai resolvi ir pro hostel onde estavam os mexicanos. Vou botar aqui algumas informacoes para os interessados:

Hostel SUE (Calle 16 con Carrera 3)

17.000 pesos por dia, com direito a:

Desayuno, internet (1 pc) wifi, cerveja, minutos a celular e cozinha, lavanderia (1kg - 4.000 pesos).

Parece ser bem organizada, sao bastante atenciosos. Fica ao lado da Platypus que è a mais conhecida entre os mochileiros. Sao quartos com 4 camas, sem banheiro privativo. Tem 2 banheiros fora para todos. È bem limpo e tem cofre pessoal, para guardar passaporte e coisas pequenas (mas è preciso ter o cadeado). Grande parte dos hospedes sao gringos. Encontrei gente da alemanha, suica, canada, eua, mexico (menos do Brasil). Mas è bem seguro, e nao vi problemas. Gostei ate, pois me senti mais tranquilo em relacao a horario e tal.

Bem, por enquanto fico por aqui. Acho que viajo amanha para Villa de Levya.

Atè mais!

04-04-09

Acordei sozinho em casa, pois o Enrique tinha saido cedinho pra viajar e nao me acordou, dai dormi atè um pouco mais tarde, arrumei minhas coisas e fui pra Javeriana, para me encontrar com o Carlos e ir para a Universidad Nacional (a Universidade è gigante e muito bonita).

La ia acontecer o encerramento (que foi bom, recebi os certificados e tal). E aconteceu uma coisa engracada; estava là, eu, bem sentado num banco quando veio um mexicano e perguntou se eu queria um "tinto". Claro que eu queria, vinho no frio que tava fazendo ia ser muito bom. Dai passaram 3 minutos e ele voltou com um copo de cafè. Tive que tomar, pra nao parecer que eu nao sabia que tinto era cafè.

Andrea Acevedo, Diego Àvila, Carlos Barbosa e Matuzalèm

Quando terminou fomos jantar e depois em um bar, tomar umas cervejas (quentes), e aqui eles pedem uma garrafa da grande pra beber. Tomei uma e tava quente, ai nao bebi mais. Depois fomos para outro bar que se chama "La Cubalibre", e aconteceu outra coisa engracada: novamente com um mexicano. Eu estava la sentado, sem beber, ai apareceu um mexicano com uma cerveja, falou alguma coisa e me deu a cerveja. Imaginei que era pra beber nè..nao, era pra segurar. Quando o Carlos viu que eu tava bebendo me disse: "naao, ele nao te deu pra beber, era pra segurar" (nao preciso dizer que todos riram de mim). Resultado: tive que comprar outra cerveja. Mas nao fiquei muito cedo por que o Carlos tava quase dormindo em pè.

Universidad Javeriana

Buenos días, Maricas!

Estou aqui nessa vida difícil!

Bem..nao tava difícil, mas agora comecaram as roubadas. Primeiro, o Enrique viajou hoje, para algo relacionado a um trabalho que ele está desenvolvendo. Roubada 1: foi-se embora meu guia-tradutor.

Depois, aparece a próxima e mais letal: nao tenho onde tirar dinheiro. Sim, é isso mesmo. Tentei todos os caixas, inclusive os que tinham "Para TODO o mundo". Bem, menos para o Brasil. Nao sei bem ainda como vou fazer, mas tenho que dar um jeito kkkkkkkkkkkkk

Hoje acaba o evento e eu vou peranbular pelo mundo, sem um destino muito certo.

Perto da casa do Presidente

Buenas tardes.

Nao coloquei fotos ainda, por que sempre que saio de casa esqueco de colocar o cabo da camera -_-"

Essa semana é feriado aqui da semana santa. Mudei meu roteiro e nao vou mais para o Peru. Cerca de 100 dolares de onibus (quase 6 dias), ou 300 de aviao. Acho que irei para uma cidade aqui perto, que se chama Zipaquirá, onde tem uma mina de sal e tal. Vi umas fotos e gostei. Dai depois acho que vou para Villa de Leyva (es.wikipedia.org/wiki/Villa_de_Leyva), e dai talvez Santa Marta (es.wikipedia.org/wiki/Santa_Marta) ou Medellín (es.wikipedia.org/wiki/Medellín). Decido isso hoje com o Enrique.

Tenho que transar hoje. Preciso MUITO disso. Só nao sei aonde. Nao encontrei bancos onde eu possa fazer isso. To ficando sem dinheiro, preciso trocar.

Hoje vou comer em um lugar que tem uma comida muito esquisita; eu vi antes de ontem um prato de fritas com frango e desejo ele até hoje. [esquisito = comida gostosa] kkkkkkkk

Acho que volto dia 18.

Bem, vamos lá:

Ontem a noite, depois de apresentar meu trabalho, fomos para uma pec(cedilha)a. Era uma de improvisac(cedilha)ao. Eles entregaram papeis para todos na plateia, e pediram para que escrevessemos um titulo qualquer. Dai eles escolhiam o papel e encenavam na hora. Muito engracado (claro que nao entendi tudo perfeitamente, mas eu gostei).

Depois da peca fomos pra casa. Jantamos por lá, e olhando no mapa, fizemos um roteiro para hoje. Depois o Enrique me mostrou muitas fotos, até me dar sono (estava extremamente cansado). Fui dormir e pqp, o frio tava imoral. Tive que dormir dentro de um saco de dormir, pois nao estava aguentando. Mas quando deitei, apaguei e só acordei hoje com o Enrique me chamando para irmos ao centro.

Pegamos uma buseta para ir ao centro (sem risadas por favor: buseta é um onibus pequeno. Depois boto uma foto de um \ o motorista no caso é um busetero - risadas kkkkkkkk). Andamos muito, e eu cansei muito rápido. Mas depois fui me acostumando, e terminamos voltando a pé, de lá até a universidade (cerca de 30min). Fomos em La Candelaria, que é muito bonita, com prédios antigos e muita história. Depois fomos almocar, e o Enrique quis me mostrar a comida típica daqui. De entrada, uma sopa de Ayaco (acho que é assim), é uma sopa com batatas, frango, e outras coisas que nao sei o que era. Tinha algum gosto familiar, mas nao descobri de que. Nao gostei muito. Depois arroz, repolho, peixe empanado, mandioca e um tipo de bolo (frio) de banana. O peixe estava MUITO gostoso. Absurdamente gostoso. Poderia comer um mar todo daquele.

Depois viemos caminhando até a universidade (pois eu teria que apresentar outro trabalho hoje). Ah, comprei um "para-chuvas" - lembrem-se se vierem aqui algum dia: é um item indispensável. Chove sempre na tarde.

Bem, apresentei o trabalho do Italo agora e engracado, uma menina depois, veio falar comigo, dizendo que se identificou com o trabalho, que está passando alguma coisa relacionada ao trabalho em sua vida, algo assim. Enfim, dei o email dele e o trabalho também, e ela saiu feliz (eu acho).

Ah, conheci um chileno também, que fala um pouco de portugues. Muito inteligente, tá fazendo doutorado. Veio para apresentar um trabalho esta manha, e ajudar na traducao do outro trabalho que apresentei hoje. Gente boa.

Estou entendendo bem melhor as coisas, antes sempre tenho que dizer "despacio, por favor", e ai fica mais fácil de entender tudo.

Estou mantendo contato com os nativos!

P.S.: hoje entrei no "baño" feminino.

Bem, acabei de apresentar meu trabalho, e acho que tudo ocorreu bem, mesmo com as diferencas de idiomas. Como sempre, com a sorte que eu tenho, me dei mal. O tempo para apresentar o meu trabalho aumentou, pois um dos apresentadores nao apareceu. Ou seja, mais tempo para perguntas e debates. Mas me sai bem, ou eles fingem muito bem.

Descobri que aqui na Universidade posso usar internet de graca (nao sei onde tem cedilha, nem til, nem porra nenhuma. Mas nao posso usar msn nem outros programas, é tudo bloqueado. Apenas pesquisa. Mas já ajuda muito.

Hoje tá muito mais frio que ontem (e eu menos vestido também). Choveu, parecia que o céu ia cair aqui. Choveu do nada, e parou do mesmo jeito. Dizem que é bem normal. Comprarei um guarda-chuvas. Mas só quando parar de chover, pois quando tá chovendo é mais caro (kkkkk). Estou um pouco preocupado com a volta, e decidi que vou conhecer apenas Bogotá, e talvez alguma cidade próxima. Ë caro ir para o Peru, mesmo da forma mais barata. E além disso levaria 5 dias de onibus. Vou reprogramar meu roteiro, enquanto vou recebendo algumas dicas.

Bem, aqui, o Brasil é o país do carnaval, mulheres peladas e "ronaldinho, roberto carlos e robinho". Ë, aqui também pensam isso. Porém, descobri que aqui nao é só coca e FARC. Na verdade, aqui em Bogotá isso nao está presente. As pessoas nao gostam quando se fazem referencia a isso, mesmo existindo (e eles tem consciencia disso), mas nao é tao presente como parece. Aqui em Bogotá isso praticamente nao existe.

Agora vou andar um pouco pra ver se me esquento. Ah, tem um campo de futebol aqui dentro da Universidade. Muito bonito. Estou paquerando com ele desde que cheguei. Acho que comecaram a perceber. Espero que se toquem e me convidem para jogar.

Ainda nao me meti em nenhuma roubada. 2 dias, é um recorde.

Bogotá é uma cidade diferente. Fria, seca, bastante grande e aconchegante. Nao se preocupe tanto com o idioma (só com o teclado que é bem diferente), as pessoas sao bastantes educadas e prestativas, vao tentar te ajudar o tempo todo.

Cheguei ontem, depois de uma viagem extremamente cansativa (quase 15 horas de viagem, contando com a hora que sai de casa). O programado é que nao teria ninguem me esperando no aeroporto. Dai fui fazendo as coisas (imigraçao, trocar dnheiro), e quando eu estava indo para pegar o taxi para a Javeriana, dai apareceu um organizador do evento, se apresentando e perguntando se eu iria para o encontro. Respondi que sim, e ele me levou a outro rapaz (Carlos), com o qual eu mantinha contato. Muito engraçado os dois, grandes figuras. Um pouco enrolados, mas boa gente.

Dai esperamos por outra menina que viria do Mexico, porem ela nao apareceu. Esperamos quase 1:30hr. Viemos entao pra Javeriana, que é bastante grande e organizada. O transito é meio caótico. Nao se respeitam muitas regras, os onibus param no meio da rua para o pessoal descer (nao tem um ponto exato). Quando cheguei na universidade, fomos ao prédio de Filosofia, para deixar minhas malas e procurar o Enrique Cuartas, que é o rapaz que me deu abrigo. Dai aproveitei para mandar alguns emails ràpidos, enquanto nao saìamos. Depois encontramos com o Enrique e fomos ver uma peça (nao entendi nada).

Depois da peça fomos lanchar, pois eu estava morto de fome, e depois seguimos a um barzinho, onde estava passando o jogo da Colombia. O pessoal bastante animado com o jogo, vibrando o tempo todo. Saimos antes de terminar, e fomos para casa, pois eu estava exausto.

A dormida foi perfeita (mas também, do jeito que eu estava, qulquer buraco seria ótimo!). Só o frio que tà meio apertado, mas da pra aguentar (dormi com um lençol, duas cobertas e outra bem grossa).

Hoje eu apresento o trabalho, e fico livre (do meu). Ainda tem o do Italo para apresentar (na quinta).

Eu gosto dessa sensação "pré-viagem". Para mim esta, é sem dúvida a melhor parte, talvez melhor até do que a própria viagem em si. Gosto da expectativa, de ir para um lugar novo, conhecer outra cultura, outras pessoas, outro mundo. Gosto de pensar no que eu vou fazer quando estiver lá. Mas gosto principalmente de arrumar as coisas que vou levar. É sempre o mesmo ritual: lápis e papel, e começo a anotar as coisas principais: cueca, camisa, meia e por ai vai. É gostosa essa sensação de preparar tudo, colocar tudo em cima da cama, dobrar e botar na mochila, e sempre ficar pensando que esqueceu alguma coisa.

Terça eu to indo embora, mas levando tudo o que ficou aqui comigo.

Vou lá arrumar minhas coisas.

Vinha tudo dando certo demais. Hospedagem, grana, pessoas, "apoios". Ainda tem muita coisa certa, mas uma tal, "passagem de volta", vem me enchendo o saco. Esqueça o roteiro anterior. Tenho 90% de certeza de que não farei nada daquilo. Ainda bem que imaginei tudo daqui.

Hoje ficou tudo pronto. Bolsa, roupas, dinheiro, vacina, passaporte. Tudo pronto. Agora é só esperar chegar o dia da partida.

Arrumei hospedagem lá. Vou ficar na casa de um colômbiano (Enrique Cuartas). Me pareceu ser gente boa nas conversas que tive com ele por msn (me pediu pra levar umas "canas" daqui kkkkkkkkk). E me deu muitas dicas do tipo:

"Não ande na rua de bermuda e sandálias. Todo mundo vai ficar olhando pra você", ou
"Nunca fale apenas Coca. Sempre fale Coca-cola." (quando for comprar refrigerante)
"Não ria quando alguém te comprimentar chamando de "maricas". "Maricas" é como "cara" aqui no Brasil. (E ai, maricas? = E ai, cara? (kkkkkkkkkkkkkk)) .

E muitos outros que vou colocando aqui aos poucos. São muitas curiosidades.

Faltam 4 dias.

Continuando..

Procurei outras formas de levantar a grana (já que só a da universidade não seria suficiente). Descobri que na ADUEPB (Associação dos docentes da UEPB), pode-se conseguir alguma ajuda de custo, e lá fui eu, munido mais uma vez dos trabalhos, cartas de aceite e requerimento do pedido de ajuda. Deixei lá. Descobri também que na FURNE (Fundação Universitária de Apoio ao ensino, Pesquisa e Extensão), também tem a possibilidade de conseguir alguma coisa. Deixei os documentos lá também. E fiz também uma rifa.

Dai comecei a traçar meu roteiro de viagens, colhendo informações pela internet e por alguns amigos. Como o motivo desta viagem não é apenas apresentar o trabalho em um lugar diferente, comecei a tentar conhecer lugares que eu gostaria de ir.

Assim, fiz o roteiro "mental": Bogotá > Cartagena > Lima > Cusco > Aguas Calientes > Machu Pichu. Eu sei que são muitos lugares, pouco tempo e pouca grana, mas enquanto estou aqui ainda, em terras brasileiras, posso me dar ao luxo de imaginar que dará certo. Pesquisei bastantes sobre todos esses lugares, e em especial sobre Machu Pichu. Descobri várias coisas importantes e caso alguém se interesse terei o maior prazer em passar as informações.

Hoje será o sorteio da rifa. Não vendi todas, mas vai ajudar bastante. Obrigado mesmo a quem comprou. Ainda estou esperando sair o dinheiro da UEPB, ADUEPB e FURNE, o terceiro sem muitas esperanças e o segundo já fiquei sabendo que só vai sair quando eu já estiver lá. E quem precisar pedir alguma coisa a UEPB, prepare-se com bastante paciência.
Malditas burocracias.

Eu devia ter feito isso desde que soube da possibilidade dessa viagem, ficaria bem melhor. Mas vou tentar me lembrar de tudo e ir relatando aqui.

Quando fiquei sabendo desse evento (III Encontro Iberoamericano de Filosofia), pensei em enviar um trabalho (no começo) apenas pela viagem, dai aproveitei que eu tinha feito um trabalho para universidade, dei algumas arrumadas nele e enviei. Convenci um amigo (este bem mais estudioso e inteligente que eu) a mandar um também.
Algumas semanas depois ele recebeu um email da organização do evento, dizendo que tinham recebido o trabalho e tal. E para mim não mandaram nada. Passou quase um mês e nenhuma resposta. Eu já nem esperava mais, quando um dia pela manhã, fui abrir o email e lá estava a carta de aceite do trabalho. Confesso que fiquei bastante feliz, e acredito eu que não tenha sido só pela viagem, fiquei feliz pelo trabalho mesmo, por ele ter sido aceito, mesmo tendo sido feito nas pressas.
Dai começou a correria atrás de grana pra viajar. Fiquei sabendo que a ajuda de custo que a universidade dá, é do seguinte modo:

1º - Não existe ajuda de custo para o exterior.
2º - Não existe ajuda de custo para passagens aéreas.
3º - A ajuda de custo é dada por "bolsas auxílio".
4º - Cada "bolsa auxílio" vale R$ 60,00.
5º - O limite de bolsas é de 10. Ou seja, R$ 600,00.